Amada Marília em
Minas
Corta o vento do avesso a carne
Espalha vísceras, cega e dilacera
Fio de navalha certeira que abre e arde
Dor cruel e merecida de mouro
Escorre o mel escarlate
Véu solto no silêncio da noite
Embaraça o cabelo, a cabeça invade
Vasculha os escombros a procura de sonhos
Sanha medonha por ouro
Corta o vento do avesso o tolo
Que um dia jurou amar a liberdade
Perdido em versos ocos
Derrama! Despeja o fel na alma
Torrente de três séculos vividos
Sopra a inocente
dama do árcade